domingo, 14 de fevereiro de 2010

Marajó na briga para ser sede de base da Marinha

Copiado do Diário do Pará

Prefeitos, vereadores e lideranças políticas do arquipélago marajoara decidiram iniciar uma intensa mobilização para fazer da Ilha do Marajó a sede da 2ª Esquadra Naval da Marinha do Brasil, a ser implantada pelo Ministério da Defesa num prazo estimado de trinta anos. Desse movimento, que já provocou a realização de pelo menos dois encontros. No último, ocorrido terça-feira, na sede da representação do município de Chaves, em Belém, foi constituído um grupo de trabalho que ficará encarregado de fazer contatos e realizar as primeiras ações de natureza prática.

Da reunião participaram, entre outras lideranças, os prefeitos de Chaves, Benjamim Ribeiro de Almeida Neto, e de São Sebastião da Boa Vista, Laércio Pereira, ambos do PT, além do deputado Miriquinho Batista, do mesmo partido. De acordo com Benjamim Ribeiro, o movimento foi deflagrado a partir da publicação de matéria pelo DIÁRIO onde constava a informação de que o município de Chaves, no norte do Marajó, era uma das áreas estudadas pelo Comando da Marinha como possível sede da base naval.

O prefeito ressaltou que o movimento não é uma bandeira exclusiva do município de Chaves ou de lideranças do PT. A ideia, segundo ele, é que a Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam) assuma a vanguarda da mobilização, arregimentando em torno de um objetivo único os 16 municípios que integram o arquipélago marajoara, numa articulação ampla e de caráter suprapartidário.

O primeiro passo, conforme frisou, será acionar o deputado federal Paulo Rocha para que ele, na condição de coordenador da bancada federal paraense, possa dar início a gestões políticas, com os demais deputados e senadores do Pará, junto ao Ministério da Defesa e ao Comando da Marinha. Ao mesmo tempo, o deputado Miriquinho Batista iniciará um trabalho semelhante na Assembleia Legislativa objetivando sensibilizar a sociedade paraense para se unir em defesa do Marajó como futura sede da 2ª Esquadra Naval.

Ele assinalou que o governo federal tem, com esse empreendimento, uma chance de resgatar a dívida histórica que o Brasil acumula em relação ao arquipélago marajoara, até hoje condenado ao atraso e ao subdesenvolvimento. Como o Marajó dispõe de localização e condições naturais que fazem da ilha um sítio estratégico para a defesa da Amazônia e do Atlântico Norte, entende o prefeito de Chaves que o governo brasileiro deve optar pelo arquipélago para sediar a 2ª Frota.